- Se apresse Perdido, ou então ficará para trás! - explodiu o capitão.
Isso é o que ouvi ao acordar. Eu havia acabado de acordar. Desorientado, atordoado e com visão embaçada, decidi me levantar e seguir meu caminho à praia.
O brilho do sol estava ofuscado no imenso céu pelas cinzas barreiras, as ondas do mar batiam tão fortemente que parecia poder ouví-las gritar. Encontrei algumas pessoas paradas, se pareciam comigo um pouco, talvez tivéssemos idades próximas.
- Acelerem! Não quero saber de indecisão, precisam agir rapidamente ou ficarão para trás! - novamente ameaçou o capitão.
Sem outra opção caminhei ao barco, eu tinha de escolher por qual trajetória enfrentaria a grandeza azul. Nada mais razoável correto? Havia acabado de acordar, mas tinha de escolher por qual caminho queria atravessar o gigante enigmático, o qual, nem eu, nem ninguém conseguia, conseguiria ou jamais conseguirá decifrar. Nada mais razoável.
- Sim senhor, capitão! - eu respondi.
sábado, 3 de abril de 2010
quinta-feira, 4 de março de 2010
Questionamento inquietante
A parede está mofada, em estado de putrefação, escura como a mais negra das nuvens, como isso aconteceu? Ah sim, a sua frente há uma bela imagem, assim, seu deplorável estado deixa de ser notado, está tudo resolvido. Realmente está?
A gigante pedra de gelo, o 'iceberg' é impressionantemente grande, mas só a pequena ponta aparece, não se espera por o que está abaixo. Mas espere, é embaixo que encontro sua real identidade.
Como é doce viver uma imagem, mas cuidado, a parede irá ter seu mofo atingindo um nível tão extremo que fará com que a imagem desapareça. Mas cuidado, pois logo, um navio trombará com o iceberg e verá, o qual diferente é do que aparenta.
Superficialidade e falta de reflexão, trata-se do questionamento inquietante, ou da burrice constante.
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